segunda-feira, 26 de setembro de 2011

I Simpósio de Imagem Molecular e Radiofarmácia

São Paulo

No dia 7 de outubro de 2011, das 8h30 às 18h30, no Hospital Israelita Albert Einstein (Av. Albert Einstein, 627, Anfiteatro Kleinberg), acontece um simpósio para discutir pontos relevantes relacionados ao futuro da imagem molecular, bem como a produção de radiofármacos para PET e avanços nas pesquisas em modelos pré-clínicos e na pesquisa clínica. Inscrições no site http://www.einstein.br/.

Link original: http://www.sbbmn.org.br/v3/sbbmn.php?modulo=noticias&id_not=667

Quarta-feira começa o Congresso ALASBIMN

Pernambuco 

A partir da próxima quarta-feira, dia 28 de setembro, até o dia 1º de outubro de 2011, em Porto de Galinhas, acontece o Congresso ALASBIMN. Informações no site www.alasbimnbrasil2011.com.br

Discussão de casos em Cardiologia

São Paulo

No dia 17 de outubro de 2011, às 20 horas, no Hotel Hampton Park (Al. Campinas, 1.213), em São Paulo, a SBBMN promove discussão de casos em Cardiologia, com coordenação da Dra. Paola Smanio, chefe do setor de Medicina Nuclear do Hospital Dante Pazzanese e do Laboratório Fleury. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. Informações e inscrição no site www.sbbmn.og.br

2º Congresso do Departamento de Imagem Cardiovascular

São Paulo 

Entre 8 e 10 de março de 2012, no Hotel Transamérica, em São Paulo, acontece o 2º Congresso do Departamento de Imagem Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia. A participação dos médicos nucleares é muito importante. Informações e inscrições no site http://www.worldecho2012.com.br

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Dr. Ernest Garcia ministra palestra em São Paulo

São Paulo


No dia 19 de setembro de 2011, em São Paulo (SP), a SBBMN promoveu a palestra "Avanços em SPECT Cardíaco - Instrumentação e Quantificação", ministrada pelo Dr. Ernest Garcia, diretor professor de radiologia, do Nuclear Cardiology R&D, nos Estados Unidos. Na foto: George Coura Filho, coordenador do evento; Eudemberg Fonseca Lima, diretor de Imagem Molecular para a América Latina da GE, empresa patrocinadora do encontro; Dra Miriam Moreira, 1ª secretária da SBBMN; Dr. Ernest Garcia; e Dra. Irene Shimura Endo, Segunda Secretária da SBBMN.

Congresso ALASBIMN 2011

Pernambuco

Os resumos dos trabalhos apresentados no XXIII Congresso da Alasbimn serão publicados no número 54 do Alasbimn Journal, disponível no site http://www.alasbimnjournal.cl/, em 1º/10/2011.

Los resúmenes de todos los trabajos aceptados en el XXIII Congreso de Alasbimn - Alasbimn Brasil 2011 serán publicados en el número 54 do Alasbimn Journal en la internet en http://www.alasbimnjournal.cl/ en 01/10/2011.

All the abstracts from the Alasbimn Congress will be published in the 54th issue of Alasbimn Journal http://www.alasbimnjournal.cl/ to be released in the internet on October 1st, 2011

Entre 28 de setembro a 1º de outubro de 2011, em Porto de Galinhas, Pernambuco, no Summerville Beach Resort, acontece o Congresso ALASBIMN. Mais detalhes no site http://www.alasbimnbrasil2011.com.br/.

Link original: http://www.sbbmn.org.br/v3/sbbmn.php?modulo=noticias&id_not=662

Discussão de casos em Cardiologia

São Paulo

No dia 17 de outubro de 2011, às 20 horas, no Hotel Hampton Park (Al. Campinas, 1.213), em São Paulo, a SBBMN promove discussão de casos em Cardiologia, com coordenação da Dra. Paola Smanio, chefe do setor de Medicina Nuclear do Hospital Dante Pazzanese e do Laboratório Fleury. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. Informações e inscrição no site http://www.sbbmn.og.br/.

Link original: http://www.sbbmn.org.br/v3/sbbmn.php?modulo=noticias&id_not=660

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

USP terá curso de Engenharia Nuclear em Iperó

Fonte: O Estado de S. Paulo

Câmpus no interior será construído ao lado de núcleo de pesquisa da Marinha; expectativa é de que aulas comecem em 2013

José Maria Tomazela - Enviado especial a Iperó (SP)

A Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) iniciou o processo para criar seu primeiro curso de graduação em Engenharia Nuclear. A expectativa é dar início às aulas em março de 2013.

O câmpus, com salas de aulas, laboratórios e alojamentos para alunos, será construído ao lado do Centro Experimental Aramar, núcleo de pesquisas da Marinha, em Iperó, a 115 km de São Paulo. A Marinha já desenvolve ali etapas Programa Nuclear Brasileiro, inclusive o sistema de propulsão do submarino atômico nacional. No local também será construído pelo Instituto de Pesquisas Energéticas Nucleares (Ipen) o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB) para a produção de radioisótopos empregados na área médica.

A aplicação da energia nuclear, estigmatizada pelo uso bélico, é mais corriqueira do que se imagina, tanto na área médica como na geração de energia elétrica, na agricultura e no meio ambiente. Com a retomada do programa nuclear brasileiro, a expectativa é de que aumente a procura por mão de obra especializada. Além do desenvolvimento do submarino nuclear, o programa prevê a construção de Angra 3, a terceira usina termonuclear brasileira. Na falta de profissionais com formação específica, têm sido requisitados pelo setor especialistas em áreas como Engenharia Física.

O Ipen vai precisar de mão de obra para o projeto do RMB. O objetivo principal do reator será suprir a área de saúde de elementos como o molibdênio, usado no diagnóstico do câncer e de doenças cardíacas.

De acordo com o professor José Roberto Castilho Piqueira, vice-diretor da Poli-USP, a Marinha iniciou a demarcação de terreno, ao lado de Aramar, para a universidade criar uma unidade para ensino e pesquisa nas áreas de Engenharia Nuclear, de Materiais e de Computação. “Provavelmente, até o fim do ano o termo de cessão de uso do terreno da Marinha para a USP deverá ser assinado”, disse Piqueira.

O curso de graduação da USP será o segundo do gênero em universidade pública brasileira. O primeiro já funciona na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde a turma pioneira ingressou em 2010. “Nossa estrutura curricular não será voltada somente à construção de plantas de geração, mas também ao processamento de materiais, área de grande futuro para o País, considerando nossa riqueza em urânio. Além disso, as aplicações médicas e a produção de fármacos não serão esquecidas”, disse Piqueira.

Link original: http://www.ipen.br/sitio/?idm=179

Aula Virtual de Radiofarmácia

Internet

A SBBMN divulga aos interessados o site espanhol de Aula Virtual de Radiofarmácia, plataforma virtual de educação continuada em radiofarmácia com a finalidade de difundir as Ciências Radiofarmacêuticas. Os interessados devem acessar http://www.aulavirtualradiofarmacia.es/ para conhecer os cursos disponíveis. Há atividades gratuitas e cursos pagos. Há desconto de 15% nos cursos pagos para um número limitado de participantes de países da ALASBIMN. As atividades e cursos são em espanhol e a próxima é o Fórum sobre Radiofarmácia (Tertulia de Radiobótica), entre 19 a 23 de setembro de 2011. Mais informações podem ser obtidas no site ou pelo e-mail aulavirtual@aulavirtualradiofarmacia.es.

Link original: http://www.sbbmn.org.br/v3/sbbmn.php?modulo=noticias&id_not=659

Dr. Ernest Garcia ministra palestra em São Paulo

São Paulo

No dia 19 de setembro de 2011, às 20 horas, no Hotel Golden Tulip Paulista Plaza (Alameda Santos, 85), em São Paulo (SP), a SBBMN promove a palestra "Avanços em SPECT Cardíaco - Instrumentação e Quantificação", ministrada pelo Dr. Ernest Garcia, diretor professor de radiologia, do Nuclear Cardiology R&D, nos Estados Unidos. A palestra, patrocinada pela GE Healthcare, será apresentada em Inglês e não haverá tradução simultânea. Vagas limitadas. Inscrições gratuitas no site http://www.sbbmn.org.br/.

Link original: http://www.sbbmn.org.br/v3/sbbmn.php?modulo=noticias&id_not=658

Congresso ALASBIMN 2011

Pernambuco

Entre 28 de setembro a 1º de outubro de 2011, em Porto de Galinhas, Pernambuco, no Summerville Beach Resort, acontece o Congresso ALASBIMN. Estima-se que 800 profissionais ligados à Medicina Nuclear, como médicos nucleares, físicos, radiofarmacêuticos, químicos, biomédicos, tecnólogos, residentes e estagiários participem. Mais detalhes no site http://www.alasbimnbrasil2011.com.br/.

Link original: http://www.sbbmn.org.br/v3/sbbmn.php?modulo=noticias&id_not=657

Discussão de casos em Cardiologia

São Paulo

No dia 17 de outubro de 2011, às 20 horas, no Hotel Hampton Park (Al. Campinas, 1.213), em São Paulo, a SBBMN promove discussão de casos em Cardiologia, com coordenação da Dra. Paola Smanio, chefe do setor de Medicina Nuclear do Hospital Dante Pazzanese e do Laboratório Fleury. As inscrições são gratuitas e as vagas limitadas. Informações e inscrição no site http://www.sbbmn.og.br/.

Link original: http://www.sbbmn.org.br/v3/sbbmn.php?modulo=noticias&id_not=656

domingo, 11 de setembro de 2011

Ipen comemora 55 anos de fundação

O Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) realiza, no próximo dia 14 de setembro, às 15 horas, em São Paulo, solenidade comemorativa pelo seu 55º aniversário de fundação. Na ocasião, será concedido o título de Pesquisador Emérito ao almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva, diretor de Pesquisa de Reatores do instituto no início da década de 1980. O título é concedido a personalidades que tenham se destacado por sua atuação no Ipen, contribuindo para torná-lo uma instituição de excelência em ciência e tecnologia. Participam do evento o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), Angelo Fernando Padilha, o superintendente do Ipen, Nilson Dias Vieira Junior, gestores de instituições científicas e tecnológicas, além de autoridades federais e estaduais.

Criado em 1956, com o nome de Instituto de Energia Atômica (IEA), o instituto desenvolve pesquisas de excelência em áreas como biotecnologia, aplicações da tecnologia nuclear, engenharia nuclear, metrologia das radiações ionizantes, proteção radiológica, células a combustível e hidrogênio, materiais, química e meio ambiente, reatores de pesquisa, lasers e diversas outras. Disponibiliza novos produtos, serviços e tecnologias voltadas à saúde, qualidade de vida e garantia de desenvolvimento com respeito ao meio ambiente.

Aberto a visitas previamente agendadas, o instituto conta com o Espaço Cultural Marcello Damy, no prédio da administração, que resgata a memória institucional, ressaltando avanços científicos e tecnológicos em várias áreas. A exposição permite ao visitante conhecer através de maquetes, algumas interativas, o funcionamento de instalações como os reatores nucleares de pesquisa e o irradiador multipropósito. No local, também está montada uma maquete mostrando a área onde será instalado o Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), um dos principais projetos da área nuclear no país, com o qual o instituto está fortemente envolvido.

Neste mês de setembro, o IEA-R1, principal reator nuclear de pesquisas do país, situado no Ipen, completa cinco décadas de operação. A instalação, em torno da qual a instituição se originou e se desenvolveu, é utilizada na produção de radioisótopos utilizados em medicina nuclear, irradiação de amostras de interesse para a indústria e agricultura, testes de materiais e pesquisas diversas. Desde agosto deste ano, o IEA-R1 aumentou sua potência de operação para 4,5 megawatts, permitindo ampliar sua capacidade de irradiação de amostras destinadas a pesquisas, produção de radioisótopos e prestação de serviços.

Pesquisador Emérito

Diretor-Presidente da Eletronuclear, estatal responsável pela operação das usinas Angra 1 e 2, Othon Luiz Pinheiro da Silva é engenheiro naval formado pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), com pós-graduação no Massachusetts Institute of Technology (MIT). Autor do projeto de concepção de ultracentrífugas para enriquecimento de urânio, no qual o Ipen também atuou, foi fundador e responsável pelo programa de desenvolvimento do ciclo do combustível nuclear e da propulsão nuclear para submarinos, de 1979 a 1994. Nestes desenvolvimentos o instituto teve papel importante, consolidando a tecnologia do ciclo nuclear, em particular o domínio da obtenção do hexafluoreto de urânio, gás utilizado no processo de enriquecimento por ultracentrifugação. O engenheiro gerenciou ainda o projeto do primeiro reator nuclear projetado e construído no Brasil, em que a participação do Ipen foi fundamental. Em 1994, recebeu do então presidente da República Itamar Franco a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico, por serviços prestados à ciência e à tecnologia.
Marcello Vitorino
Ipen/MB-01: primeiro reator nuclear projetado e construído no Brasil

Memória

Há 55 anos, o então Instituto de Energia Atômica (IEA, atual Ipen) era criado, na Cidade Universitária. Pouco mais de 20 anos após a criação da USP, o Brasil avançava no campo da pesquisa nuclear. Foi um projeto ousado para São Paulo e para o Brasil. No instituto estava sendo construído o primeiro reator nacional de pesquisas, o IEA-R1, também pioneiro na América Latina. Entre as obras civis e a inauguração oficial passaram-se 14 meses. Jornais da época apontavam que idênticas instalações, em Michigan, nos Estados Unidos, levaram quatro anos para ficarem prontas. A primeira operação do IEA-R1 ocorreu em 16 de setembro de 1957, inaugurado oficialmente no ano seguinte, no aniversário de fundação da cidade de São Paulo, pelo então presidente Juscelino Kubitschek.

Link original: http://www.ipen.br/sitio/?idm=177

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Na terra dos reatores - Jornal Cruzeiro do Sul

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul

Um novo ciclo de desenvolvimento tecnológico, maior do que tudo o que a região já presenciou em termos de pesquisa científica e tecnologia de ponta, está em vias de ser deflagrado no município de Iperó com o início do processo de construção do Reator Multipropósito Brasileiro (RMB). Trata-se de um reator nuclear de 30 megawatts em torno do qual a Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen), por intermédio do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), pretende implantar um centro nacional de pesquisas para a produção de radioisótopos usados na saúde, indústria, agricultura e meio ambiente; irradiação de combustíveis e materiais nucleares, para análise de desempenho e comportamento; e pesquisas científicas e tecnológicas com feixes de nêutrons.

Detalhes do megaempreendimento foram trazidos em primeira mão para os leitores deste jornal em reportagens exclusivas de Simone Sanches ("Iperó - Poli/USP deve instalar unidade anexa a Aramar", 22/8, pág. A7) e de Marcel Stefano ("30 megawatts - Iperó ganhará um segundo reator nuclear", 31/8, pág. A7). As instalações aproveitarão parte das terras do Centro Experimental Aramar e demandarão um investimento de R$ 850 milhões. Juntos, Aramar e o RMB formarão o maior centro de pesquisas nucleares do país. Dentro de mais alguns anos, num raio de poucos quilômetros, haverá dois reatores nucleares em pleno funcionamento, o RMB e o chamado LabGene (Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica), que será um protótipo em terra do reator que impulsionará o submarino nuclear brasileiro.

O projeto já entrou em fase de licitações, e é no contexto desse novo polo de pesquisa que deverá ocorrer a parceria entre Aramar e a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP), para a implantação de um curso nas áreas de Engenharia Nuclear, de Materiais e de Computação. Não seria exagero afirmar que o novo centro de pesquisas, somado ao Parque Tecnológico, também em vias de ser implantado, deverá agregar valor para a cidade e a região, consolidando Sorocaba e cidades vizinhas, hoje já praticamente conurbadas, como uma espécie de capital nacional da alta tecnologia, detentora do ciclo completo de pesquisa, desenvolvimento e produção de materiais altamente tecnologizados.

Por outro lado, é preciso lembrar que reatores nucleares, mesmo os de baixa potência, implicam riscos muito objetivos e por isso precisam ser administrados com transparência, para que a população tenha totais garantias de que sua operação respeite as normas de segurança e, na eventualidade de um acidente, de que haja um plano de emergência pronto para ser ativado. É por essa razão que as lideranças regionais devem procurar inteirar-se do projeto e buscar alguma forma de organização para acompanhar a implantação do RMB e do LabGene, com apoio de especialistas independentes. Além de fiscalizar, o grupo deverá se comprometer a levar para a população todas as informações que ela tem o direito de saber, já que dizem respeito a sua proteção.

Não se pode esquecer, também, que o colossal projeto de pesquisa será instalado à margem de uma estradinha perigosa, praticamente uma vicinal que foi asfaltada, sem acostamentos e cheia de trechos sinuosos, onde acidentes graves têm ocorrido com frequência. É de provocar calafrios a perspectiva de se ter, em futuro próximo, cargas radioativas circulando pela via tortuosa que tirou a vida de oito pessoas, somente este ano; - e isso, ao lado de estudantes e de um número maior de trabalhadores. Além de acompanhar a implantação e operação dos reatores nucleares, será preciso que os políticos e lideranças civis de Sorocaba e região se mobilizem para pressionar o governo do Estado e garantir que a via de acesso seja duplicada. De outra forma, o projeto nascerá comprometido naquilo que é seu calcanhar de aquiles: a segurança.

Link original: http://www.ipen.br/sitio/?idc=10141

Iperó ganhará um segundo reator nuclear

Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul - Sorocaba

Reprodução - Iperó
Maquete dá ideia de que como será a distribuição dos muitos setores que irão compor o RMB

Marcel Stefano

A cidade de Iperó terá um segundo reator nuclear. O equipamento, denominado Reator Multipropósito Brasileiro (RMB), com potência de 30 megawatts, será usado para a pesquisa e, principalmente, para a produção de radioisótopos, utilizados na produção de contrastes e medicamentos na área da medicina nuclear. As instalações ocuparão uma área de 2 milhões de metros quadrados, ao lado de Aramar, e o projeto total para a obra e instalação custará cerca de R$ 800 milhões (US$ 500 milhões). Hoje, às 10h, em São Paulo, acontece a abertura dos envelopes com as propostas das empresas que concorrem na licitação que irá escolher a responsável pela elaboração dos projetos de engenharia conceitual e básico dos prédios, sistemas e infraestrutura do reator. Esta parte do projeto terá o custo de R$ 28.608.868,32.

O RMB terá três objetivos principais: produzir radioisótopos para aplicação na área da Saúde, indústria, agricultura e meio ambiente; irradiar materiais e combustíveis nucleares de forma a permitir sua análise de desempenho e comportamento; e proporcionar a realização de pesquisas científicas e tecnológicas com feixes de nêutrons. "A principal função desse reator é produzir radioisótopos para a medicina nuclear do país", garante o coordenador técnico do Projeto RMB e diretor técnico de projetos especiais do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), José Augusto Perrotta.

A infraestrutura do RMB ficará dentro de uma área total de 2 milhões de metros quadrados (exatamente 2.054.792 m2), sendo que 1.214.354 foram transferidos da área da Marinha do Brasil à Comissão Nacional de Energia Nuclear (Cnen) e outra área de 840.438 metros quadrados está sendo comprada. O RMB foi definido no ano de 2007 como meta do plano de ação na área de Ciência, Tecnologia e Inovação pelo Ministério de Ciência e Tecnologia, dentro do Programa Nuclear Brasileiro.

A ideia da Cnen, segundo José Augusto Perrotta, é transformar o RMB em um Centro de Pesquisa Nacional, um braço da Cnen, para a pesquisa nesta área de energia nuclear. Ele dá exemplo de outros quatro reatores de pesquisa existentes no Rio de Janeiro, dois em São Paulo e um em Minas Gerais que funcionaram como polos de pesquisa e acabaram atraindo diversos pesquisadores. Perrotta diz que o que é planejado com o RMB faz parte de um projeto estruturante para o País e que parte da tecnologia para a montagem do RMB terá de ser importada, mas espera que 70% sejam produzidos com o conhecimento adquirido nacionalmente nesta área. O objetivo é que entre 2015 e 2016 o RMB esteja pronto.

Reprodução - Iperó
Área do RMB está localizada bem ao lado das instalações de Aramar

Radioisótopos

A produção de radioisótopos no RMB abastecerá a indústria de radiofármacos nacional. O País tem tido problema desde 2009, quando os produtores de molibdênio 99 no mundo pararam suas produções por problemas em seus reatores, que já têm mais de 50 anos de funcionamento. Segundo o coordenador técnico do Projeto RMB, José Augusto Perrotta, o Ipen não consegue produzir todos radioisótopos usados nos radiofármacos. Por isso, o Ipen era obrigado a importar o molibdênio 99, que, segundo ele, é usado em 80% das aplicações de radiofármacos. "Nós importamos do Canadá. E é um problema mundial que está tendo. São só quatro fornecedores: o Canadá, a Bélgica, a Holanda e a África do Sul. No Canadá, o reator parou. Eles forneciam mais de 30% do molibdênio do mundo e o Ipen importava só do Canadá. O (reator) da Holanda vai parar também, que produzia mais de 20%. Então, a maioria da produção mundial parou."

Segundo Perrotta, um projeto como o RMB "se faz necessário para o País". Ele diz que "a medicina nuclear depende disso. Por conta desse problema no Canadá, nós paramos de receber. Tem gente morrendo, tem gente na espera de um exame. E se daqui a pouco os reatores param e a gente não consegue mais importar? O Brasil importa 4% do molibdênio do mundo. (...) é um dos grandes consumidores, equipara-se a países como Japão. Ao ter esse reator, nós vamos poder aumentar as nossas quantidades e atender um maior número de pessoas. (...) A principal função desse reator é produzir radioisótopos para a medicina nuclear do país."

Dentro do projeto do RMB está prevista a produção de vários compostos, tais como: Molibdênio-99, Iodo-131, Cromo-51, e Samário-153, usados em radiofármacos injetáveis, Iodo-125 e Irídio-192 médico, usado na braquiterapia, método de tratamento de câncer de colo de útero, de mama, de próstata e de pele.

Abertura dos envelopes

Conforme as regras previstas no edital, a abertura dos envelopes acontecerão em ato público hoje, a partir das 10h, e poderá ser acompanhada por qualquer pessoa, na sede do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen), que fica na Cidade Universitária, na USP. As empresas que participam da licitação 001/2011 terão que apresentar três envelopes: um com os documentos de habilitação, o segundo com a proposta técnica e o terceiro com os preços.

Das 9h30 às 10h, acontece o credenciamento dos representantes das empresas licitantes. Na presença deles, a comissão de licitação abrirá os primeiros envelopes e verificará se as documentações estão habilitadas conforme as exigências previstas no edital. A comissão licitante poderá, caso ache necessário, suspender a reunião e marcar outra data e horário em que se reunirão. Por conta do prazo que as empresas inabilitadas terão para recorrer, a abertura dos envelopes de número 2 poderá acontecer também hoje, caso nenhuma seja inabilitada ou nenhuma empresa queira recorrer.

Caso alguma irregularidade seja verificada, os segundo e terceiro envelopes serão devolvidos ainda lacrados aos representantes das empresas inabilitadas. Tais procedimentos se repetirão até a abertura de todos os envelopes. As propostas de valor serão consideradas desclassificadas se superarem o valor global de R$ 28.608.868,32. Também serão desclassificadas as empresas caso apresentem o preço logo no primeiro envelope. Os critérios de julgamento levarão em conta as questões técnicas e o preço. Os resultados do julgamento que necessitem de avaliação técnica serão publicados na Rede de Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro (Redetec). A empresa contratada terá, a partir da assinatura do contrato, um prazo de 540 dias para apresentar os projetos da estrutura que abrigarão o Reator Multipropósito Brasileiro.

Razões para a instalação

Algumas condições levaram o Cnen a escolher aquela área em Iperó. A localização próxima a Sorocaba, Campinas e São Paulo, com ligação por "boas rodovias" e a proximidade de grandes centros universitários do país foram algumas das razões. "O sítio de Aramar (...) também fica próximo ao aeroporto de Viracopos, em Campinas, o que facilita os aspectos de transporte de radioisótopos".

O Conselho Nacional de Energia Nuclear também considerou que eles precisavam de área suficiente para que a Zona de Planejamento de Emergência (ZPE) - que no caso do RMB é de 800 metros - ficasse dentro da área reservada. Segundo o Cnen, a área de Aramar "possui dimensões apropriadas e está fora da região densamente povoada, e a instalação nuclear (reator) a ser instalada possui o raio de exclusão necessário de 800 metros para a ZPE".

Além disso, segundo dados da Cnen, já estava prevista ali a instalação de um reator de testes de materiais (Reator Retema), bem como o local já possui Estudo de Impacto Ambiental (EIA/Rima) executado, assim como licença ambiental, audiências públicas executadas, laboratório de monitoração ambiental e dados ambientais históricos. Para a Cnen, isso "deve facilitar bastante os aspectos de licenciamento ambiental do RMB (...) Da mesma forma que o licenciamento ambiental, o licenciamento nuclear também deve ser facilitado, uma vez que já existem instalações nucleares em processo de licenciamento em Aramar".

Segundo a Cnen, "a instalação do RMB no local facilitará o transporte e manuseio de combustíveis e materiais irradiados. Com o RMB fora deste sítio, seria necessária uma instalação idêntica junto ao RMB", além do que, Aramar teria infraestrutura de energia elétrica, produção de água, plano diretor estabelecido, arruamento interno, oficinas de apoio, proteção física e patrimonial, características essas que "facilitam o início da construção do RMB, até que uma infraestrutura própria seja criada."

AVISO DE ADIAMENTO

A Comissão de Licitação da Rede de Tecnologia e Inovação do Rio de Janeiro – REDETEC, torna público para conhecimento dos interessados, que a sessão pública para realização da Licitação na modalidade Concorrência nº 01/2011, marcada para as 10h00minh do dia 31 de agosto de 2011, fica ADIADA para as 09h00minh do dia 27 de setembro de 2011, com o objetivo viabilizar o maior número de participantes no certame, ampliando o prazo para apresentação das propostas técnica e de preço.